Gosto das mulheres que envelhecem, com a pressa das suas rugas, os cabelos caídos pelos ombros negros do vestido,
o olhar que se perde na tristeza dos reposteiros...
Essas mulheres sentam-se nos cantos das salas,
olham para fora, para o átrio que não vejo, de onde estou,
embora adivinhe aí a presença de outras mulheres,
sentadas em bancos de madeira, folheando revistas baratas...
As mulheres que envelhecem sentem que as olho,
que admiro os seus gestos lentos,
que amo o trabalho subterrâneo do tempo nos seus seios.
Por isso esperam que o dia corra nesta sala sem luz,
evitam sair para a rua, e dizem baixo, por vezes,
essa alegria que só os seus lábios podem cantar...
o olhar que se perde na tristeza dos reposteiros...
Essas mulheres sentam-se nos cantos das salas,
olham para fora, para o átrio que não vejo, de onde estou,
embora adivinhe aí a presença de outras mulheres,
sentadas em bancos de madeira, folheando revistas baratas...
As mulheres que envelhecem sentem que as olho,
que admiro os seus gestos lentos,
que amo o trabalho subterrâneo do tempo nos seus seios.
Por isso esperam que o dia corra nesta sala sem luz,
evitam sair para a rua, e dizem baixo, por vezes,
essa alegria que só os seus lábios podem cantar...
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