" Dor de amor é a mais vulgar (no sentido de ser a mais comum),
dor
existencial é uma transcendência.
Não evito minhas dores, vou até o
cerne dos sentimentos,
vejo-a tão vital quanto a alegria.
Pois se,
através deste processo também me vem a necessidade de auto-investigação e
evolução interna, por mais desnorteada que eu me veja enquanto inserida
no emocional da situação, é esse desconforto que me indica o degrau
acima, me tira da zona de conforto,
me instiga a buscar uma nova
direção.
A dor bem aproveitada não deve ser temida, deve ser usada como
ferramenta para o autoconhecimento, extirpação do mal-resolvido, para o
crescimento.
Eu não temo a dor, nem emoção alguma, se assim fosse, até a
alegria me incomodaria.
O que não permito é que ela me leve ao estado
da prostração, da autopiedade ou de algo que não aceite regeneração. Dor
transmuta-se. E o Tempo dono de todas as coisas, ensina quão provisório
é o pranto e a gargalhada. Por isso não recuso nada.
Que venha o que vier, como vier. Eu suporto qualquer circunstância que
me lapide,
que me desassossegue para que eu valorize os momentos de paz
do meu coração.
Vida é totalidade. Inclui tudo. Vida é vontade de Mundo.
Dor faz parte da vida e, por mais preciosa que seja,
não permito que ela seja a parte mais importante.
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