quarta-feira, 29 de abril de 2009

O ser e o nada - Jean-Paul Sartre

Realmente, só pelo fato de ser consciente das causas que inspiram minhas ações,
estas causas já são objetos transcendentes para minha consciência;
elas estão fora.
Em vão tentaria apreendê-las.
Escapo delas pela minha própria existência.
Estou condenado a existir para sempre além da minha essência,
além das causas e motivos dos meus atos.
Estou condenado a ser livre.
Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade
pode ser estabelecido exceto a própria liberdade, ou,
se voce preferir;
que nós não somos livres para deixar de ser livres.

Nenhum comentário: