UMA COLETÂNEA DE PENSAMENTOS É UMA FARMÁCIA MORAL ONDE SE ENCONTRAM REMÉDIOS PARA TODOS OS MALES - Voltaire
sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Suspensão - José Saramago
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Fim ou transformação do amor - Fernanda Young

- Quando ele é insolúvel, a vantagem é que você não terá que resolver algo que não tem como ser resolvido.
- Tipo o quê?
- Tipo o fim do amor. Para os mais jovens, o fim do amor pode ser resolvido com o término do casamento. Inclusive, acho isso uma grosseria... Isso que não entendo nesse assunto de abismo... desculpa, filha, mas abismo é viver. Não estamos à beira dele, estamos nele. E todo mundo age como se fosse um herói por contornar crises, por meio do debate, ou não. Todo mundo vai fazer análise, justamente para não olhar para a pessoa ao lado e dizer: eu tenho vontade de vomitar quando escuto os teus passos. E isso não se diz numa conversa. Você não pode virar para a mãe dos seus filhos e falar: "olha, eu não te odeio, te desejo tudo de melhor , mas eu não te amo mais." Sem que isso venha cheio de acusações. Quando, no fundo, no fundo o amor não dura.
E nem me venham em falar que o que não dura é paixão. A idéia do amor está lá, faz parte da nossa cultura, essa tal transformação do amor. Podemos dizer: eu não te amo como te amei,
mas esse amor se transformou, e eu amo ver televisão com você, eu amo saber que, se eu tiver um treco e ficar todo cagado, você me limpará. Isso é que é indiscutível.
O amor não se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vários motivos.
E, saibam, muitos desses motivos não são nada nobres.
in "Tudo que você não soube"
Um futuro - Caio f Abreu
Pergunto então para a tarde suja atrás dos vidros,
e me sinto reconfortado,
como se houvesse qualquer coisa
feito um futuro à minha espera.
e me sinto reconfortado,
como se houvesse qualquer coisa
feito um futuro à minha espera.
"in Morangos Mofados"
sábado, 20 de novembro de 2010
Amadurecimento ? - Clarice Lispector
Vida que me perturba
e deixa o meu próprio coração trêmulo
sofrendo a incalculável dor
que parece ser necessária ao meu amadurecimento
- amadurecimento?
Até agora vivi sem ele!
(....) Aceitar-me plenamente?
é uma violentação de minha vida.
Cada mudança,
cada projeto novo causa espanto:
meu coração está espantado.
É por isso que toda a minha palavra
tem um coração onde circula sangue.
in "Um sopro de Vida"
e deixa o meu próprio coração trêmulo
sofrendo a incalculável dor
que parece ser necessária ao meu amadurecimento
- amadurecimento?
Até agora vivi sem ele!
(....) Aceitar-me plenamente?
é uma violentação de minha vida.
Cada mudança,
cada projeto novo causa espanto:
meu coração está espantado.
É por isso que toda a minha palavra
tem um coração onde circula sangue.
in "Um sopro de Vida"
Velhice - Mia Couto
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Poema das árvores - António Gedeão
E a sós florescem.
Começam por ser nada.
Pouco a poucose levantam do chão,
se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos,
e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós. De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.
Começam por ser nada.
Pouco a poucose levantam do chão,
se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos,
e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós. De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Ande logo ! - Ana Cañas
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Sertão e solidão - Guimarães Rosa
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Para refletir - Virginia Woolf
Bela infância - Dostoiévski
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Silêncio - Clarice Lispector

entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia
por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir -
nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.”
in "Dá-me a Tua Mão"
Sementes - Rubem Alves

o corpo como um grande canteiro!
Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência,
as mais variadas sementes - lembre-se da história da Bela Adormecida!
Elas poderão acordar, brotar.
Mas poderão também não brotar.
Tudo depende...
As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra.
E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas...
De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam.
Nos jardins há pragas: tiriricas, picões... (...)
in "Mansamente pastam as ovelhas"
Recuos - Hilda Hist
Eu, que de docilidade me fizera.
Antes avara desse tempo que resta.
Se em muitos me perdi, uma que sou
É argamassa e pedra.
Guardo-te a ti.
Em consideração a mim.
Redescoberta.
Antes avara desse tempo que resta.
Se em muitos me perdi, uma que sou
É argamassa e pedra.
Guardo-te a ti.
Em consideração a mim.
Redescoberta.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sonhos e esperanças - Augusto Cury
Sentimentalidades - Eça de Queiroz

era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades,
e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas,
como um corpo ressequido que se estira num banho tépido;
sentia um acréscimo de estima por si mesma,
e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,
onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo conduzia a um extase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!!!
in "O primo Basílio"
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Pensamentos - Brahma Kumaris

“Ao manter constante um pensamento, mais poder dou a ele.
Pensamentos positivos dão energia e força.
Pensamentos negativos roubam poder e geram cansaço.
Eu não posso controlar os outros, as situações ou as circunstâncias,
mas definitivamente eu posso controlar o que está acontecendo dentro de mim.
Eu mudo através da escolha consciente dos pensamentos.
Ao mudar um pensamento fraco por um forte, eu elevo minha energia.
Leva tempo para mudar velhos padrões de pensar,
mas a boa notícia é que somos positivos por natureza.”
Pensamentos positivos dão energia e força.
Pensamentos negativos roubam poder e geram cansaço.
Eu não posso controlar os outros, as situações ou as circunstâncias,
mas definitivamente eu posso controlar o que está acontecendo dentro de mim.
Eu mudo através da escolha consciente dos pensamentos.
Ao mudar um pensamento fraco por um forte, eu elevo minha energia.
Leva tempo para mudar velhos padrões de pensar,
mas a boa notícia é que somos positivos por natureza.”
sábado, 6 de novembro de 2010
E os sonhos - Roberto Shinyashiki

Todos nós, na infância, temos sonhos:
grandes, médios ou pequenos.
E os sonhos acabam se tornando vestígios de uma época
em que a pessoa acreditava no mundo e em sua capacidade de realização.
Enquanto os perdedores se acomodam e pensam que um sonho é muito para eles,
os campeões se perguntam o que precisam fazer para realizá-lo.
Seus sonhos mantêm aceso o fogo sagrado em seu coração.
Eles são a seiva da vida.
Nós envelhecemos não porque o tempo passa,
mas principalmente porque abandonamos nossos sonhos.
É triste olhar para alguém com 40 ou 50 anos e observar que está vivendo à espera da morte.
É frustante ver adolescentes precocemente envelhecidos,
pois em seus corações já não carregam mais sonhos.
Para essas pessoas viver é simplesmente completar o dia,
completar o mês, completar o ano.
E é triste constatar que nosso povo está deixando de sonhar.
A maioria procura completar o dia.
Não se permite imaginar algo além do que está vivendo.
Nunca
Nunca
Nunca Desista!
Acredite Sempre!
grandes, médios ou pequenos.
E os sonhos acabam se tornando vestígios de uma época
em que a pessoa acreditava no mundo e em sua capacidade de realização.
Enquanto os perdedores se acomodam e pensam que um sonho é muito para eles,
os campeões se perguntam o que precisam fazer para realizá-lo.
Seus sonhos mantêm aceso o fogo sagrado em seu coração.
Eles são a seiva da vida.
Nós envelhecemos não porque o tempo passa,
mas principalmente porque abandonamos nossos sonhos.
É triste olhar para alguém com 40 ou 50 anos e observar que está vivendo à espera da morte.
É frustante ver adolescentes precocemente envelhecidos,
pois em seus corações já não carregam mais sonhos.
Para essas pessoas viver é simplesmente completar o dia,
completar o mês, completar o ano.
E é triste constatar que nosso povo está deixando de sonhar.
A maioria procura completar o dia.
Não se permite imaginar algo além do que está vivendo.
Nunca
Nunca
Nunca Desista!
Acredite Sempre!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Cabeça e coração - William P Young
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Lá na frente - Cáh Morandi
que não importa, não importa mesmo,
se amanhã ou depois for menos intenso,
for um pouco mais cansativo,
não pense hoje nas coisas de amanhã
mas se pensar,
pense em me ver como uma resposta
num grito de socorro,
pense em me ver como uma passagem
num pedido de sumiço,
pense em me ver como um abraço
num salto para o abismo,
pense em me ver na tua frente,
me aceite agora,
me leve para fazer tua história.
se amanhã ou depois for menos intenso,
for um pouco mais cansativo,
não pense hoje nas coisas de amanhã
mas se pensar,
pense em me ver como uma resposta
num grito de socorro,
pense em me ver como uma passagem
num pedido de sumiço,
pense em me ver como um abraço
num salto para o abismo,
pense em me ver na tua frente,
me aceite agora,
me leve para fazer tua história.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Questionamentos - Buda

Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
Mas depois de muita análise e observação,
se você vê que algo concorda com a razão,
e que conduz ao bem e beneficio de todos,
aceite-o e viva-o.
Momentos de felicidade - Nietzshe

porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la,
e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de fato rezar
por inquietações e desconforto.
O destino do homem está projetado para momentos felizes
— toda a vida os têm —,
mas não para eras felizes.
Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como
"o que está além das montanhas", como um legado de nossos ancestrais:
pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais,
a partir da condição em que,
depois de um esforço violento na caça e na guerra,
o homem se entrega ao repouso,
estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele.
Será uma falsa conclusão se,
na trilha dessa remota e familiar experiência,
o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação,
ele poderá usufruir, de modo correspondente,
daquela condição de felicidade intensa e prolongada.
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