quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Jardins e indiferença - Mário Quintana

Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte pudesse cantar sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.

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