quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nó - Flora Figueiredo

Estou perdidamente emaranhada
em seus fios de delícias e doçuras.
Já não encontro o começo da meada,
não sei nem mesmo se há uma ponta de saída,
ou se a loucura vai num ritmo crescente
até subjugar a minha vida.
Não importa.
Quero seus nós de seda cada vez mais cegos
e apertados a me costurar nas malhas e nos pêlos.
Enquanto você me amarra,
permanece atado na própria trama redonda do novelo...

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